O encontro, enquadrado no projeto europeu Ultreia-Sudoe, reuniu representantes institucionais e agentes públicos e privados relacionados com o Caminho. Com esta primeira sessão, abre-se um calendário de reuniões de trabalho que decorrerão ao longo de 2026 em diferentes localidades do território.
A Fundação Camino Lebaniego realizou, no Centro de Estudos Lebaniegos de Potes, a primeira reunião informativa do Hub ou grupo de trabalho do projeto europeu Ultreia Sudoe, um encontro que marca o início de um processo colaborativo que reunirá agentes públicos, privados e sociais ligados ao Caminho Lebaniego.
Foram convidadas cerca de 70 entidades do território, das quais participaram cerca de 40 pessoas, representando 35 entidades pertencentes a setores muito diversos relacionados com o Caminho. Entre os presentes estavam seis presidentes de câmara dos municípios do traçado, a Direção-Geral da Cultura e Património do Governo da Cantábria, AMICA (parceiro cántabro do projeto), representantes da hotelaria, albergues de peregrinos, empresas de turismo ativo, agências recetivas, artesãos, grupos de folclore e outros serviços ligados ao Caminho.
Durante a sessão foi apresentado o projeto Ultreia Sudoe e, especialmente, o papel dos Hubs como espaços de governança partilhada, reflexão e tomada de decisões conjuntas, orientados para melhorar a gestão do Caminho, reforçar a identidade cultural do território e promover um desenvolvimento local sustentável ligado ao turismo de interior.
A diretora da Fundação Camino Lebaniego, Pilar G. Bahamonde, destaca que «este grupo de trabalho nasce com a vocação de ser um espaço aberto de escuta e trabalho conjunto, no qual todos os agentes do Caminho possam participar ativamente na definição de ações concretas que respondam às necessidades reais do território e de quem o percorre». Nesse sentido, sublinhou que a elevada participação registada nesta primeira reunião «confirma o interesse e o compromisso existentes na Cantábria e, em especial, nos territórios rurais dos caminhos, para avançar para um modelo de gestão mais coordenado, sustentável e inovador».
Após esta primeira reunião informativa, este Hub iniciará em 2026 uma série de cinco reuniões de trabalho, que decorrerão ao longo do ano e irão alternar entre diferentes localidades do território. A primeira destas reuniões terá lugar no próximo dia 27 de janeiro em San Vicente de la Barquera. Em cada um destes encontros serão definidas e debatidas ações concretas, consensuadas pelos membros do grupo, baseadas nas linhas estratégicas do projeto – governança partilhada, património cultural, acessibilidade universal, desenvolvimento local, experiência peregrina, inovação tecnológica e alterações climáticas – e no Plano de Ação do projeto Ultreia Sudoe.
Segundo a diretora da Fundação, Pilar G. Bahamonde, «o objetivo é que este processo não se limite à troca de ideias, mas que se traduza em iniciativas reais e mensuráveis que contribuam para melhorar a experiência peregrina e, ao mesmo tempo, reforçar a economia local e a coesão social dos municípios do Caminho».
Paralelamente à implementação dos Hubs, o projeto Ultreia Sudoe está a desenvolver outras ações complementares orientadas para melhorar a gestão do Caminho e a experiência dos peregrinos e visitantes. Entre elas está a instalação de sistemas de medição de afluência em diferentes pontos do itinerário para obter dados fiáveis sobre os fluxos de passagem, bem como a criação das «Paradas do Caminho», espaços físicos e virtuais de acolhimento, descanso e informação que funcionam também como pontos de encontro com a população local e montra de produtos e serviços do território, contribuindo para dinamizar a economia local e a sustentabilidade.
