Nos dias 26 e 27 de março de 2025, a ESTIA recebeu a sua estação de hidrogénio, entregue e instalada pela empresa H2Gremm no âmbito do projeto europeu SUDOE SHAREDH2. Após a receção, a estação foi instalada no campus da ESTIA com a participação de vários estudantes no âmbito dos seus estágios.
Equipada com um eletrolisador, uma célula de combustível, um compressor e cilindros de armazenamento, a estação utilizará o excedente de produção fotovoltaica da escola para produzir hidrogénio.
Os perfis de consumo dos edifícios e os perfis de produção dos painéis solares já instalados são tais que, no verão, há um excedente considerável de energia que não é consumida, enquanto no inverno o consumo excede largamente a produção. O edifício já está equipado com uma bateria de 97 kWh, que permite melhorar a ciclagem dia/noite, e a estação de hidrogénio permitirá melhorar a ciclagem anual.
Com uma potência de 2,5 kW, o eletrolisador instalado produzirá até 1 kg de hidrogénio por dia no verão. Este será armazenado sob pressão nas garrafas previstas para o efeito no verão, quando a produção fotovoltaica é mais elevada. Estão previstas duas utilizações: por um lado, a célula de combustível converterá este hidrogénio em eletricidade para alimentar o edifício no inverno, quando o consumo do edifício é mais elevado. Por outro lado, foi instalada uma estação de recarga para uma bicicleta a hidrogénio PRAGMA, promovendo assim a mobilidade sustentável no campus, juntamente com as estações de recarga de bicicletas eléctricas já existentes ou em fase de instalação.
Trata-se de um projeto inovador, cuja instalação é acompanhada de uma campanha de sensibilização para funcionários e estudantes, bem como de medidas de segurança. Para além da sinalização, está a ser preparada uma campanha de comunicação e informação para favorecer a boa integração do dispositivo na vida do campus.
Estão em curso testes de funcionamento, com o objetivo de ligar a estação e de a colocar em funcionamento em maio de 2025. A entrada em funcionamento será acompanhada da integração no sistema de gestão da energia da microrrede existente para otimizar o funcionamento de todo o edifício.
A longo prazo, o projeto SUDOE SHAREDH2 visa analisar a viabilidade e a relação custo-eficácia das instalações de estações de H2 para as comunidades locais de energia de baixa a média potência. Serão igualmente realizados estudos de transferibilidade para os parceiros do projeto.
A CTP é parceira deste projeto juntamente com o Instituto Tecnológico de Castilla y León (Espanha), que lidera o projeto, a Escola Politécnica de Ávila da Universidade de Salamanca, a Câmara Municipal de Bembibre em Espanha, a Agência Regional de Energia da Alta Estremadura em Portugal, a Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo em Portugal, a Associação de Criadores de Gado da Dordogne, a Escola Superior de Tecnologias Industriais Avançadas ESTIA, a Associação DERBI e a Capital Energy Services SL.
Mais informações: https://interreg-sudoe.eu/pt-pt/noticias-proyectos