Estratégia para adaptar e mitigar as massas florestais à escassez de recursos hídricos, à perda de biodiversidade, às pragas e aos incêndios, ao mesmo tempo que ajuda a travar o abandono das zonas rurais no território SUDOE
Plano de ação para a implementação de soluções florestais integradas nas áreas interiores do espaço SUDOE. Occitania (França) e Castela-Mancha (Espanha)
O projeto ThermEcoWat insere-se numa ambiciosa abordagem transnacional. As três análises socioeconómicas inicialmente previstas já fazem parte dos produtos entregues.
O objetivo é definir uma estratégia comum, adotada a nível dos parceiros do projeto. Cada entidade poderá então adaptá-la ao seu contexto local, respeitando os princípios gerais definidos em conjunto.
A estratégia constituirá uma folha de rota para melhorar a gestão da água e aumentar a resiliência nas zonas rurais do SUDOE em um contexto de mudanças climáticas, baseando-se em todas as experiências do GestEAUr. Ela se apoiará nas soluções identificadas no GT1, nos resultados dos pilotos do GT2 e nas simulações da ferramenta SID_AQUARURAL (GT3), que permitirão uma gestão otimizada e em tempo real por meio de inteligência artificial.
O projeto GestEAUr tem como objetivo melhorar a gestão da água nas áreas rurais da região SUDOE (França, Espanha e Portugal) para aumentar a resiliência hídrica no contexto das mudanças climáticas. Será desenvolvida uma estratégia integral que seja eficiente, adaptada às necessidades locais e sustentável, juntamente com cinco planos de ação regionais específicos. Além disso, serão implementados três testes piloto para otimizar os processos de potabilização, tratamento e reutilização da água, e será criada a ferramenta digital SID_AQUARURAL, que permitirá monitorar em tempo real a qualidade e a quantidade de água, apoiando a tomada de decisões. Com essas ações, o GestEAUr busca fortalecer a sustentabilidade e a resiliência das comunidades rurais diante dos desafios climáticos.
Durante os próximos três anos (2024-2026), o principal objetivo do projeto I-ReWater será melhorar a gestão dos recursos hídricos na agricultura, integrando o uso de água urbana regenerada na irrigação agrícola, considerando aspetos ambientais, sociais e económicos que garantam o seu bom uso devido à atual crise climática.
Os resultados finais serão a apresentação da «Estratégia Transnacional para a Utilização de Água Regenerada» e um «HUB de recursos de Água Regenerada na Agricultura», que estará disponível online para consulta aberta.
Outra tarefa importante do I-ReWater será melhorar o conhecimento geral sobre a água regenerada, promovendo o intercâmbio de informações entre todos os atores.
A tecnologia é uma ferramenta fundamental para alcançar os objetivos do I-ReWater. Nos 15 projetos-piloto ativos em Espanha, Portugal e sul de França, o consórcio implementou uma robusta rede de sensores para controlar o estado da água no solo e nas plantas, facilitando a gestão da irrigação e dos nutrientes disponíveis na água regenerada utilizada para irrigação.
A integração de sensores comerciais em equipamentos de baixo custo permite habilitar 90 pontos de medição conectados à plataforma mySense na nuvem para o processamento conjunto de dados.
Este documento, que será elaborado conjuntamente tendo em conta os resultados dos ensaios-piloto em cada território, conterá uma série de recomendações a incorporar nas políticas públicas de gestão dos danos causados por fenómenos climáticos negativos na agricultura. Basicamente, promoverá a transição de uma abordagem baseada na reparação económica dos danos para uma abordagem que considera a antecipação e a prevenção como elementos centrais. Incluirá também uma análise rigorosa do papel dos seguros agrícolas na proteção contra o risco de geada, apresentando propostas de sinergias entre seguradoras e tomadores de seguros que reduzam os encargos financeiros de ambos e conduzam a uma partilha equilibrada de responsabilidades e reavaliação do risco com base nas medidas de prevenção e atenuação existentes.
BIO4RES resultará numa estratégia conjunta para a valorização económica da biomassa florestal, que melhorará a viabilidade dos planos de prevenção do risco de incêndio e reforçará a resiliência das florestas.
