A ação-piloto do GT3 é a mais ambiciosa das três desenvolvidas no projeto, uma vez que se centra na definição de mecanismos eficazes de transferência de conhecimento para fazer do património cultural das paisagens de montanha uma alavanca de desenvolvimento para os territórios. A transferência é frequentemente considerada como a última etapa dos processos patrimoniais e muitas vezes não se concretiza, ou concretiza-se apenas de forma muito parcial e institucionalizada, o que acaba por gerar muitos equipamentos/recursos patrimoniais praticamente abandonados, sem qualquer utilização e exploração real, e que rapidamente se tornam obsoletos e se deterioram porque a população local e os atores territoriais não os conhecem verdadeiramente ou não os consideram como seus. Esta ação-piloto pretende dar resposta a este problema, invertendo-o completamente através de processos de inovação social. CULTUR-MONTS compromete-se a trabalhar a transferência do património desde o início do projeto, colocando as comunidades locais, as autoridades, as instituições e os atores territoriais (especialmente os económicos) como protagonistas e agentes ativos da mudança. O objetivo é testar a aplicação de métodos participativos, como o “caminho do impacto”, através da promoção de espaços formais (físicos ou virtuais) para reunir todos os atores envolvidos: os clusters de inovação sociocultural e de desenvolvimento sustentável. A ideia é que as comunidades locais expressem desde o início o impacto que esperam do projeto: o que gostariam de ver alcançado com o CULTUR-MONTS; e a partir daí, em conjunto com o consórcio, determinem quais são os resultados a alcançar e as melhores ferramentas para os alcançar.