As zonas montanhosas do sudoeste da Europa estão a viver uma situação crítica de despovoamento e envelhecimento, o que torna essencial revitalizar a sua estrutura social e produtiva. Este projeto aborda este desafio através do desenvolvimento do potencial interno de cinco casos-piloto, onde o objetivo é valorizar o património associado às suas paisagens culturais como instrumento de inovação social que oferece novas oportunidades de desenvolvimento às comunidades de montanha, melhorando a sua qualidade de vida, a coesão territorial e o desenvolvimento de novos recursos económicos. Isto contribuirá para atenuar os significativos desequilíbrios territoriais, sociais e económicos atualmente existentes. Nas últimas décadas, a investigação arqueológica realizada em regiões montanhosas do sudoeste da Europa mostrou que estas não são apenas áreas naturais e biodiversas, mas também contêm um importante legado cultural resultante da intensa atividade humana que moldou estas paisagens culturais ao longo do tempo. Contudo, este património cultural característico das zonas de montanha é pouco conhecido e tem sido subvalorizado como um instrumento para a revitalização, inovação e transformação sustentável destes territórios. O objetivo é valorizar as paisagens culturais de montanha e o seu património, a fim de oferecer novas oportunidades de desenvolvimento às comunidades locais. Isto melhorará a sua qualidade de vida, reforçará a coesão territorial e diversificará os serviços e opções de emprego no território, aumentando a autoestima da população local e capacitando os organismos públicos para atrair visitantes, integrar novas populações e atrair os jovens para os seus territórios. A criação de uma rede de cooperação internacional ligada às paisagens culturais de montanha é um marco para o desenvolvimento de estratégias conjuntas entre Espanha, Portugal e França para a valorização e utilização do património cultural como um recurso para o desenvolvimento territorial sustentável.