Este es Raúl Segura, selecionado na primeira call de candidaturas.
Fala-nos um pouco sobre ti e o teu percurso!
O meu nome é Raúl Segura Cruz e estou atualmente no segundo ano do doutoramento em Engenharia Industrial na Universidade da Extremadura. Tenho mais de 28 anos de experiência no desenvolvimento e fabrico de resinas poliméricas, materiais compósitos e sistemas de reciclagem. Ao longo da minha carreira, contribuí para o desenvolvimento e otimização de mais de 200 polímeros, materiais compósitos e processos de reciclagem.
Como soubeste do SCAIRA?
Através de informação direta da PCTEX-FUNDECYT. Alguns dos aspetos mais atrativos do programa incluem a qualidade da formação dada e a oportunidade de estabelecer relações B2B com empresas de prestígio.
Em que fase se encontra atualmente a tua start-up?
Contamos com o apoio de uma sólida linha de investigação e desenvolvimento, o que nos posiciona com um forte impulso inicial. As nossas tecnologias, dependendo do setor, atingiram níveis TRL próximos da escala industrial.
Qual é a natureza do teu projeto e que problema pretende resolver?
Estamos atualmente em processo de consolidação de uma tecnologia que nos permitirá, a curto prazo, garantir financiamento e construir uma planta piloto para a ampliação, demonstração e otimização dos nossos desenvolvimentos, com o objetivo de facilitar a sua transferência e implantação em escala industrial.
Que serviços do SCAIRA escolheste?
1. Formação jurídica e administrativa para a criação de uma start-up: para ter um apoio claro na constituição da empresa sob formas legais, normas e critérios adequados desde o início.
2. Formação em propriedade intelectual: a sua importância reside no facto de muitos dos nossos desenvolvimentos exigirem uma proteção eficaz e correta, principalmente sob a forma de uma patente ou de um modelo de utilidade.
3. Estratégia financeira para a inovação e o fabrico sustentável: obter conhecimentos financeiros específicos direcionados para apoiar a inovação e a sustentabilidade, juntamente com o desenvolvimento de estratégias financeiras sólidas.
4. Financiamento público nacional para start-ups e inovações ecológicas: compreender os vários tipos de apoio, organizações e convites à apresentação de propostas, bem como os benefícios, responsabilidades e oportunidades que o financiamento público pode oferecer para acelerar a consolidação e o crescimento da start-up.
5. Completar a equipa da start-up em áreas rurais com competências essenciais: é necessário compreender e implementar processos e procedimentos eficazes para a atração e retenção de talento.
6. Prova de conceito (PoC): muito importante, pois permitir-nos-á demonstrar a nossa tecnologia num ambiente industrial próximo do real e reforçar o seu potencial de escalabilidade.
7. Formação em MVP e protótipos: o objetivo é criar um protótipo num ambiente industrial para demonstrar a nossa tecnologia e aumentar a viabilidade da sua expansão.
8. Roteiro técnico e sustentável: é muito importante ser claro sobre quais os indicadores que nos permitem realizar uma avaliação e monitorização corretas da eficiência da utilização dos recursos e da sustentabilidade.
9. Medição e impacto no projeto industrial: identificar e aplicar indicadores-chave de sustentabilidade e impacto ambiental ao longo do projeto.
10. Marketing e comunicação: esta é uma área fundamental. Como o projeto tem origem num ambiente de I&D e pode evoluir para uma start-up, o marketing e a comunicação são muitas vezes subvalorizados. É por isso que os considero essenciais.
11. Desenvolvimento de plano de negócios com metodologia start-up e Business Model Canvas: o objetivo é compreender profundamente o quadro e aplicá-lo eficazmente para construir um plano de negócios sólido para o nosso projeto e eventual empresa.
12. Estudo de mercado e identificação de cliente-alvo: este aspeto é crucial, pois permitir-nos-á segmentar eficazmente o nosso mercado-alvo e afetar os recursos de forma eficiente.
13. Preparação de apresentação para o setor industrial e vídeo de apresentação (LOOM): esta atividade é de grande relevância, uma vez que irá melhorar a clareza e a eficácia da comunicação do nosso projeto, aumentando assim a sua aceitação e impacto na comunidade industrial.
14. Organização de reuniões B2B entre start-ups e indústria, bem como reuniões B2F entre start-ups e investidores: estas interações constituirão uma oportunidade essencial para apresentar os nossos desenvolvimentos a potenciais investidores, representando uma porta de entrada crítica para o crescimento e consolidação de qualquer start-up.
Quais são os vossos objetivos a curto prazo durante o programa de aceleração?
Incorporar os conhecimentos adquiridos neste contexto no processo de desenvolvimento do projeto e, consequentemente, na implementação da start-up que dele resultará.
Qual é o vosso mercado-alvo e que necessidade do cliente procuram responder?
Os grandes fabricantes de materiais metálicos, plásticos ou poliméricos enfrentam uma enorme necessidade de incorporar conteúdos reciclados nos seus produtos finais. Isto deve ser conseguido sem comprometer o desempenho dos produtos, cumprindo simultaneamente os objectivos internos de sustentabilidade e os regulamentos externos relacionados com a reciclagem, a sustentabilidade e a economia circular.
Quais são os vossos principais desafios neste momento?
Aumentar a escala das soluções tecnológicas para o nível piloto, com o intuito de demonstrar os progressos e resultados num ambiente que permita validar a sua viabilidade para implementação à escala industrial.
Já têm equipa formada?
Atualmente, estou em processo de constituição dessa equipa.