A equipe da UDC traz para a ECOSPHEREWINES sua experiência no estudo das propriedades físico-químicas e biológicas do solo, que definem e limitam sua qualidade e/ou funcionalidade.
Que resultados esperam alcançar com o projeto?
Este projeto visa lançar as bases para a implementação de infra-estruturas verdes (IV) e soluções baseadas na natureza (SbN) em paisagens vinícolas no sudoeste da Europa. Esta estratégia irá melhorar os serviços ecossistémicos (SE) prestados pelas vinhas e pelo seu ambiente, tais como a polinização, o sequestro de carbono e a biodiversidade, aumentando simultaneamente a sua resiliência às alterações climáticas e as suas consequências mais diretas nas culturas (ondas de calor, secas, precipitações extremas).
Esta conceção paisagística baseada na SE criará um ponto de partida para a implementação noutras paisagens agrícolas, fornecendo a base para a tomada de decisões no planeamento paisagístico da vinha, tanto em ambientes protegidos como não protegidos.
O que significa para a Universidade da Corunha liderar um pacote de trabalho de um projeto Interreg Sudoe?
Liderar um pacote de trabalho num projeto SUDOE constitui uma excelente oportunidade de colaboração e inovação transfronteiriça. Além disso, a participação como líder de um pacote de trabalho permite à UDC reforçar a sua reputação a nível europeu, facilitando também o estabelecimento de redes nacionais e internacionais. Isto não só beneficia o projeto atual, como também abre portas para futuras colaborações. A colaboração com a comunidade local é também extremamente importante para os objectivos estratégicos da universidade, que incluem a colaboração no desenvolvimento regional.
Porque é que acha que a cooperação internacional é fundamental numa iniciativa como ECOSPHEREWINES?
O ECOSPHEREWINES tem como objetivo fornecer soluções para problemas comuns na região SUDOE, promovendo simultaneamente a cooperação e a coesão transnacionais. Os desafios actuais associados às alterações climáticas e à gestão sustentável dos sistemas agrícolas ultrapassam as fronteiras territoriais. Esta cooperação permite que todas as regiões beneficiem da experiência e dos recursos, e também gera um impacto mais visível ao amplificar os resultados e facilitar a sua disseminação.
Neste caso, a colaboração com parceiros portugueses e franceses com uma vasta experiência na gestão e exploração de paisagens vitícolas está a permitir incorporar uma visão holística destes sistemas agrícolas, desde os desafios que enfrentam até às oportunidades que oferecem.
Qual é a contribuição técnica da UDC para o ECOSPHEREWINES?
A equipa da UDC tem uma vasta experiência no estudo das propriedades físico-químicas e biológicas do solo, que definem e limitam a sua qualidade e/ou funcionalidade. A equipa tem também experiência na avaliação da erosão do solo, no impacto das práticas agrícolas e florestais na qualidade e dinâmica da água, na utilização de ferramentas de sistemas de informação geográfica (SIG) e na implementação de medidas de conservação e agricultura ecológica.
Olhando para o futuro, o que pensa que significará para si ter participado neste projeto?
Um dos papéis fundamentais da universidade é esforçar-se por recolher informações e avanços científicos de diferentes áreas e regiões com problemas semelhantes, adaptá-los e transferi-los para a escala local e empenhar-se ativamente na resolução dos desafios locais. Neste contexto, a participação da UDC no projeto SUDOE oferece uma plataforma valiosa para impulsionar o desenvolvimento regional, ao mesmo tempo que expande a sua rede de contactos nacionais e internacionais. Isto permite que a universidade assuma um papel proactivo na agenda europeia de investigação e inovação.